7.10.05

O Chamado 2 (Ringu 2)

Uma moça japonesa em frente a um espelho, vira a parte superior do corpo para olhar ameaçadoramente para trás (olhando onde está a câmera), segurando com as duas mãoes uma mecha de seu longo e liso cabelo negro.


1999
Terror
Direção: Hideo Nakata
Roteiro: Kôji Suzuki (autor do livro), Hideo Nakata e Hiroshi Takahashi



Antes de qualquer coisa, queria pedir desculpas aos meus fãs. Realmente larguei tudo, me empolguei com as minhas férias. Mas estou de volta e vou fazer o possível para estar sempre com filminhos fresquinhos para vocês!

Bom, voltando ao filme, ou melhor começando a falar sobre ele... Depois de muito tempo, finalmente assisti Rigu 2 (vou me referir assim quando falar sobre o original e pelo nome em português ao falar sobre a refilmagem, para diferenciar os dois). E posso dizer que me decepcionei um pouco com ele. Acho que me iludi pensando que todos os filmes de terror japonese eram ótimos e me dei mal.

Eu tinha assistido O Chamado 2, que é TOTALMENTE diferente desse japonês... Poder-se-ia dizer que é remake de Dark Water, mas não de Ringu 2. Comparando, o que não posso deixar de fazer, acho que em Ringu 2 a Sadako aparece muito pouco. E o Yuichi me deu muito mais medo do que o molequinho dO Chamado 2. E apesar de não ter gostado do final de O Chamado 2, gostei menos ainda desse final... Tinha um lance com uma piscina que ficou muito viagem pro meu gosto.

Agora, deixando as comparações de lado, me decepcionei com esse filme porque ele tenta o tempo todo racionalizar o sobrenatural. Esse lance da água realmente me deu......(????) bom, achei 'disgusting' (desculpa, mas não consigo achar uma palavra melhor que se encaixe ao meu sentimento).

Tem quem não goste, mas vou fazer uma breve sinopse do filme: Mai Takano (Miki Nakatani) resolve desvendar a morte de seu professor Ryuji (Hiroyuki Sanada). Ryuji morreu por causa da fita de vídeo feita pós-morte por Sadako. Mai começa a investigação procurando pela ex-mulher de Ryuji, Reiko (Nanako Matsushima) e seu filho Yuichi (o japonês sardento, Rikiya Otaka). E logo percebe que Yuichi começa a desenvolver os mesmos poderes de Sadako.

O filme tinha muito para ser bom. O Yuichi é realmente assustador e em muitos momentos dá um certo nervoso o fato de estar tão parecido com a Sadako. Porém a própria Sadako fica pra segundo plano, e eles tiveram a infelicidade de mostrar a cara dela - totalmente brochante!

Além disso o filme insiste em explicar a volta da Sadako e arranjar uma maneira prática de mandá-la de volta para o outro mundo, mas reluta em deixar o sobrenatural para trás. Acabou se perdendo no meio do caminho...

Mas o pior é no final
(SPOILER). Durante o filme tem uma japonesinha que morre por causa da fita. Um jornalista promete pra ela que vai assistir a cópia, mas não assiste e ela acaba sendo mais uma vítima da Sadako. Aí o filme acontece e no final, no finalzinho mesmo (depois que a Sadako é mandada dessa pra melhor), o cara enlouquece porque a menina vem 'puxar a perna dele'. O que isso significa? Ela vai ser a 'nova Sadako'???? Isso é típico de filme americano... Que bobagem.

27.6.05

Devaneios de uma Mente Obcecada

Luke, Leia e Han Solo lado a lado, todos observando algo extracampo. Luke segura uma arma, Han aponta a arma dele para quem eles observam e Leia segura o braço de Han.

Star Wars (IV, V e VI)

1977, 1980 e 1983 George Lucas

George Lucas apenas dirigiu Star Wars (Uma Nova Esperança), os outros dois foram dirigidos por Irvin Kershner e Richard Marquand respectivamente. Estrelando Mark Hamill como Luke Skywalker, Carrie Fischer como Princesa Leia e Harrison Ford como Han Solo.

Bom, finalmente assisti os antigos Star Wars... E está confirmado, eu nunca tinha assistido antes nadica de nada. Sou um dos poucos exemplares do planeta que assistiu a histótia toda na ordem. E digo. Sou fã de George Lucas, sou fã de Star Wars, sou fã de Darth Vader.

Primeiras impressões:

- Que história curtinha! Pra quem está acostumado com a história da vida do Anakin, a história do Luke acaba rápido d+! Quando começa Uma Nova Esperança, parece que 15min. depois o filme acaba!

- O que significa aquele Yoda maluquinho pulando na mochila do Luke e brigando por uma lanterninha? “-É meu! –Não, é meu!...” Mas depois cheguei a conclusão que depois de mais de 15 anos vivendo completamente só no meio de um pântano, acho que o mestre Yoda tem o direito de perder uns parafusinhos.

- Que efeitos especiais BONS! Nossa, pra época, eu estava esperando um coisa no estilo Super Homem.

- Não sei se é porque todo mundo sempre me falava que O Retorno de Jedi é muito ruim, mas eu gostei bastante. O final entre o Luke e o Darth Vader já vale o box inteiro! E os Ewoks nem são tãão ruins assim...

- O Império Contra-Ataca é maravilhoso!! “–I am your father!”

Eu assisti todos no mesmo dia. Me apaixonei ainda mais pelo C-3PO e, principalmente, pelo R2-D2. Que robozinho safado! Mas não consegui ligar que o Anakin e o Darth Vader eram a mesma pessoa. Pra mim era quase impossível ver o Anakin dentro daquela roupa preta.

(SPOILER!!!) Aí, vem o choque: O Obi-Wan morre???!!!! Como assim!!!???? Fingi para mim mesma que era mentira e que ele ia voltar (de verdade, não como fantasminha!) nos outros filmes.

Mas como já disse, achei q o filme acabou muito rápido. Fiquei desesperada e mandei o Bruno ir buscar os outros dois pra assistirmos logo.

Continuei assistindo (agora O Império Contra-Ataca) e nada de conseguir visualizar o Anakin no Darth Vader, (SPOILER) e nada de o Obi-Wan ressuscitar! Aí aparece o Yoda louquinho da silva e pensei “mudaram a personalidade dele nos filmes novos, não é possível!”. Mas logo ele fica normal e eu me convenço que foi a solidão que fez isso com ele.

(SPOILER de novo...) E que final, hein! Colocar o home dizendo que era pai do Luke no fim do filme foi tacada de mestre! Fico imaginando que todo o mundo na época deve ter ficado desesperado pela saída dO Retorno de Jedi.

Bom, o Han Solo é o máximo, e o Harrison Ford o faz com maestria. (Mais SPOILER) Sabe que na cena em que ele está pra ser congelado, era pra Princesa Leia dizer que amava ele e ele responder “eu também”. Mas o Harrison Ford acabou falando “eu sei” e acharam que ficou muito melhor. Eu também! Condiz com a personalidade do Han Solo.

Vou resumir o último filme ao seu final. O Luke resolve que tem que trazer seu pai de volta do Lado Negro da Força, custe o que custar. Então, mesmo com aquela máscara preta, dá pra perceber a confusão que se passa na cabeça do Darth Vader quando o Lord Sidious começa a brigar com o Luke. Foi AÍ que eu reconheci o Anakin! Essa confusão de “De que lado eu estou? Quem é o bonzinho???” é totalmente Anakin Skywalker!!! E então, ele resolve tomar partido do seu filho e percebe que todo esse tempo ele esteve do lado errado. (Que lindo!!!) Falando sério, quando ele tira a máscara (e ele fica tão patético quanto em A Vingança dos Sith com aqueles cotocos queimados) e pede pro Luke contar pra Léia que ele ficou bonzinho, eu quase chorei.

Mas aí, no finalzíssimo, na festa de derrubada do Império, o Luke olha pro lado e estão os fantasminhas do Obi-Wan, do Yoda E... do Anakin!!!! Chorei! Chorei de soluçar! Adimito!

E parabéns ao George Lucas!

Ps.: Sr. Polo, me desculpe, mas minha cunhada me aparece com o box do IV, V, VI e EXTRAS. Não pude me conter. Aliás, você PRECISA assistir O Retorno de Jedi em DVD. Me liga pra combinarmos.

2.6.05

O Pesadelo (Boogeyman)

Um homem de costas, sentado no chão sujo na intenção de se afsatar de uma porta aberta alguns metros à sua frente. A porta leva a um local quase completamente escuro. O cômodo onde está o homem é pouco iluminado, com alguns móveis cobertos por plástico.

2005
Terror
Direção: Stephen T. Kay
Roteiro: Eric Kripke

"SOCORRO!!!
NÃO, NÃO, NÃO!!! Não, moço, NÃO."
É o que qualquer um, com o mínimo de bom senso deveria ter dito ao ler o roteiro. Mas, obviamente, não disseram. E pior, fizeram o filme.

Peço desculpas a quem gostou do filme. Aliás, é melhor nem continuar lendo, porque eu vou ser grossa, mesmo.

PUTAQUEPARIU!!!! Que filme horrível! Ganha (disparado) de Navio Fantasma. Por incrível que pareça (quem gostou de Navio Fantasma, me desculpe também). Fiquei com dó dos atores. Como eles deviam estar desesperados pra fazer um filme... Deve ter sido uma coisa a lá Joey (Friends).

A história é a seguinte: quando criança, o cara assistiu o pai ser engolido por um armário. Então ele fica louco, e aparentemente a mãe também. Anos depois, vivendo uma vida quase normal, num apartamento cujas portas (todas, inclusive de armarinhos de cozinha) foram arrancadas, recebe a notícia que sua mãe morreu. Aí, ele resolve enfrentar seus medos e vai passar uma noite na casa do armário engolidor de pais. Foi quando eu achei que a enrolação ia acabar, que o filme ia começar. Enfim, pensei que tinha salvação - porque já estava chato.

Aliás, se o filme fosse apenas ruim, é uma coisa, mas ele era terrivelmente chato também. Tentava pôr medo numas coisas totalmente absurdas. E ele continuou chato até o final.

Tem uma cena em que ele está olhando uns recortes de jornal na casa e resolve tirar o casaco e por no chão. Só que o casaco cai no chão em câmera lenta, com som de suspense e BUUUUMM ao bater no chão. PRA QUÊ??????? Fiquei esperando alguma coisa acontecer com o casaco, afinal ele fez BUUUUMM ao cair. Mas nada. Nada.

O filme ficava botando uma banca de suspense, mas não acontecia NADA!! Aí veio o final do filme e acabou. Ah, não... Esqueci de contar a melhor parte. Sabe quem engoliu o pai dele (entre outras pessoas)??? O BICHO-PAPÃO!! Claro!! Afinal, ele morava no armário...

Alguém pode me dizer pra que um bicho-papão, tradicionalmente conhecido por assustar criancinhas, iria levar um homem feito, o pai da criancinha???? (Spoiler) E a namorada (moça feita) do mocinho, e o tio da amiga do mocinho, e o tio do mocinho...

Saí do filme rindo (pra não chorar) e depois de um tempo perguntei: "Amiga-da-Kaiako, você entendeu o final?? Quê que tem a ver????". Segue então a resposta temerosa: (SPOILER!!!!!) "Eu acho que o Bicho-Papão foi criado por ele, era uma junção do casaco, com o boneco e a bola de energia (!!!!). Aí ele teve que destruir tudo pra matar o bicho". (Essas não foram as palavras exatas, mas é mais ou menos por aí) Quer dizer, o filme era menos ruim quando ainda não fazia sentido pra mim. Acho que meu cérebro se recusou a entender esse final.

Meu, o menino tinha tanto medo do bicho-papão que inventou um pra morar no quarto dele??? E aí ele (o bicho-papão) começou a levar as criancinhas da cidade, além do papai e, posteriormente, a família toda do mocinho. Claro... Muito bom...

SOCORRO!!!

22.5.05

O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chainsaw Massacre)

Noite. Em uma espécie de galpão aberto, Leatherface segura uma motoserra com os braços esticados dobre sua cabeça. Uma pessoa está caída no chão com os braços erguidos tentando se proteger e uma caminhonete está no fundo iluminando a cena com seus faróis acesos.

2003
Terror
Direção: Marcus Nispel
Roteiro: Kim Henkel e Tobe Hooper (ambos do filme de 1974)


Eu já tinha escrito uma crítica desse filme, mas por questões de força maior resolvi reescrevê-la. Acontece que quando eu assisti a refilmagem, eu já havia assistido o original muito tempo antes. Assim, como a nossa memória nos prega peças, tive a impressão de que a refilmagem era mais parecida com o original do que de fato o era. Porém, há um tempo atrás fiz uma “noite de massacre” com a Amiga-da-Kaiako e assistimos os dois filmes de uma vez. Assistir a refilmagem exatamente depois de ter assistido o original é extremamente brochante! Bom, vamos lá:

Como a direção e o roteiro estão aqui em cima, vou começar com um pequeno detalhe técnico: parece que o diretor de fotografia é o mesmo do Massacre original, Daniel Pearl. E gostaria de salientar o fato de que O Massacre da Serra Elétrica de 1974 está na minha lista 'Top 10 Terror/Suspense'. E modéstia à parte, isso não é pouco. Os únicos filmes de terror que me deram medo foram Ju-On: The Grudge e O Massacre da Serra Elétrica de 74. Neste último, eu precisei abaixar o som, pra 'sair um pouco do filme', e uma das razões de o filme ter me aterrorizado tanto foi a fotografia (daí a importância de ambos terem o mesmo diretor de fotografia! entendeu, campeão?!?). Só para ilustrar as coisas, e juro q não estou querendo me gabar, confesso que assisti O Exorcista pela primeira vez (escondida atrás da porta) quando tinha uns 8 anos e nem tive pesadelo.

Agora, sim. Vou realmente começar. Resumindo: a refilmagem É boa, mas ela é melhor como filme independente do que como refilmagem, ou sequência. Ela se esforça para conseguir o mesmo 'ar' de realidade que o original (e posso dizer que quase consegue). Acho que o fato de ser baseado em história real ajuda um pouco. E os atores, então??? A tal de Jessica Biel está ótima, o Jonathan Tucker também. Mas show mesmo deu o R. Lee Ermey (A Vingança de Willard), como Sheriff Hoyt. Nojento!!! Já o Leatherface (Andrew Bryniarski) não tem aquele andar de criança, não tem aquele jeito de criança; ele esttá mais para um Jason!

O filme muda muita coisa do original, a ponto de eu considerá-lo mais uma continuação do que uma refilmagem. Mas no geral, a trama é a mesma: 5 jovens dão carona pra alguém na estrada, acontece algo estranho e, de alguma forma, vão parar no casarão do Leatherface.

Diferente do original, os 5 não estão à procura da casa abandonada da avó de um deles, mas voltando do México, onde foram comprar maconha. Ou seja, eles não são jovenzinhos inocentes, como no original, apesar de Erin (Jessica Biel) passar o filme inteiro dando uma de santinha!

Logo no começo do filme dá pra perceber que eles não estão em um lugar normal onde existem pessoas normais. Fora os 5, todos os personagens do filme parecem ser extremamente estranhos, mais estranhos q o normal, mais estranhos do que eu, inclusive! Isso ajuda a dar um bom clima pro filme. Vai dando um desespero, que vai crescendo a cada personagem novo que aparece. Sem falar do David Dorfman (O Chamado 2) que faz com destreza o papel do menininho esquisito.

Falando em desespero, uma coisa que eu gostei foi que o filme tenta bastante não se basear apenas em sustos. Tem sim seus sustos, mas procura utilizar aquelas sensações horríveis (impotência, pânico, nervoso, aaaarghh, desespero, entre outras...) que fazem de um filme de terror decente, um filme de terror decente. Mas teve um susto em especial: eu dei um daqueles gritos cinematográficos, aí minha cachorrinha Nina pulou no meu colo e começou a tremer que nem vara verde e depois foi se esconder no cantinho do meu quarto, bem longe da tv! É, esse filme dá medo pra cachorro!

Porém, o filme original tem um toque especial e um diferencial que a refilmagem não tem. Além de o som do original ser muito mais tenebroso (todos os tipos de barulhos assustadores são potencialmente altos nesse filme, o que vai dando um nervoso, e arrepia a espinha num grau inimaginável), existem várias cenas repletas de cotidiano, que fazem o filme ser ainda mais perturbador. Cenas como: (contém spoiler)

  • O pai do Leatherface pega a loirinha protagonista no posto e a coloca em um saco dentro da caminhonete. É uma cena angustiante, mas logo após ligar o carro, ele o desliga novamente e vai até o posto, APAGA AS LUZES E TRANCA A PORTA! E ainda volta e fala pra menina algo como: "Ultimamente a eletricidade está ficando cada vez mais cara..." Tipo, O QUÊ?????? Cite um filme no qual o pai sádico e louco do assassino sanguinário está preocupado com roubos e conta de luz!
  • Assim que esse maluco chega em casa carregando a protagonista, ele dá de cara com a porta da casa esmigalhada pela serra do filhinho doente. E eis que ele diz: "Olha o que aquele menino fez com a porta de casa!!!" E então ele corre atrás do LEATHERFACE (repito, LEATHERFACE, que possui uma serra elétrica!!!) e dá uns croques na cabeça dele (e não é que o LEATHERFACE choraminga com a bronca!?).
  • Isso sem contar a cena do jantar em família... Não tenho palavras para exprimir o que sinto a respeito dessa cena. Aquele vovô era simplesmente... urgh!

E a refilmagem não tem nada disso. Tem muitas cenas boas, mas NENHUMA que se compare a essas (entre outras) do original. Além disso, o original inovou, é um filme que mostra um massacre com uma realidade tão bruta que chocou a sua época. Essa crueza, o modo como o filme mostra o massacre tão sem floreios, de uma forma "nua e crua", não era nada compatível com a sua época. Tanto que ele acabou sendo proibido em diversos países. E depois, frente a isso, o cinema de terror o copiou à exaustão. Agora, a refilmagem tem pouco diferencial, ela diminuiu O Massacre da Serra Elétrica para torná-lo um filme praticamente comum.

Claro, dou um crédito à refilmagem, pois realmente parece que tentaram colocar o terror psicológico, mas acabaram fracassando. Eles tinham potencial com aquela comunidade louca, mas ela não chega aos pés da tetricidade da família do original. De qualquer forma, é um filme bom em vista do que se tem feito por aí; mas sinto muito, O Massacre da Serra Elétrica de 1974 é um filme inigualável.

O recado está dado. Divirtam-se.

Dedico essa crítica à memória de D. Nena, quem me trouxe o gosto por histórias de terror.

10.5.05

O Chamado 2 (The Ring Two)

O pequeno David Dorfman está deitado de olhos fechados em uma banheira, enquanto Naomi Watts se debruça sobre ele, preocupada segurando para que ele não afunde.

2005
Terror
Direção: Hideo Nakata
Roteiro: Kôji Suzuki (autor do livro) e Hiroshi Takahashi (Ringu)



Espectativa. Filme com mesmo diretor do original. Mas isso não fez de O Grito um filme bom... Do original só assiti Ringu 1, que achei melhor do que O Chamado 1. Mas gostei de O Chamado 2. Imagino que este seja bem diferente de Ringu 2, pois a história da Samara e da Sadako são diferentes em O Chamado 1 e Ringu 1. (nossa, deu pra entender alguma coisa?) 

De qualquer forma, gostei bastante de O Chamado 2. Tem cenas lindíssimas, não tem sustos gratuitos, mas a sensação de "ai, meu Deus, o que vai acontecer agora???????" (que me dá muito mais medo do que susto por susto) está presente no filme todo.

AMEI as referência que o Nakata faz a filmes clássicos como A Profecia (cena com os alces) e O Exorcista (a Samara lembrava muito a Regan), sem falar no uso da "Carrie" (Sissy Spacek) como mãe da Samara. Mis uma vez repito, eu não assisti Ringu 2, mas assisti Dark Water (também dirigido por Hideo Nakata). Meu, esse homem realmente tem uma coisa com água! A cena da água subindo no banheiro é maravilhosa!

É isso. O filme é uma coleção de cenas lindas! Soma-se a isso o roteiro bem construído. Tudo bem que teve gente que nem gostou porque a Samara tá mais malvada nesse filme do que no primeiro. Mas eu sempre achei que essa menina era o cão do inferno, desde o primeiro filme, então...

Mas o filme está longe de ser perfeito. Não gostei de alguns usos gratuitos de efeitos especiais. A fita ficou totalmente em segundo plano, mas isso passa. Também achei ruim a existência da mãe da Samara: mudou tanto o rumo da história que nem imagino como vai ser o próximo filme, já que, nos originais, o terceiro (Ringu 0) é o que conta a história da Samara. (SPOILER!!!) Além disso tem o final água com açucar, que ficou muito doce pro meu paladar: Acho que ia ficar muito mais interessante se a mãe do menino morresse.

(MAIS SPOILER!!! - inclusive de Dark Water)
Outra coisa que me deixa apreensiva. O Hideo não usou só a água como referência ao
Dark Water, o final é muito parecido também, com o lance da menininha em busca da mãe. A única diferença é que em Dark Water, a mãe morre no final (falei pra você não ler!) - muito melhor do que o final semi-feliz fajuto dO Chamado 2. Isso me inquieta porque quando sair a refilmagem de Dark Water (dirigida por Walter Sales), vão dizer que foi cópia dO Chamado 2. A não ser que o Walter mude tudo também!

13.3.05

Madrugada dos Mortos (Dawn of the Dead)

5 pessoas em um elevador: dois homens negros (um deles apontando uma arma para algo extra campo), uma moça loira segurando algo que parece ser um rifle ou espingarda com a roupa ensanguentada, um moço branco com a roupa ensanguentada atrás dela, e uma moça branca grávida no fundo.

2004
Direção: Zack Snyder
Roteiro: George A. Romero (filme de 1978) e James Gunn


Já vou avisando, eu não assisti ao original... Mas pretendo, quando decobrir o nome dele no Brasil.

Quando comecei a assistir o filme pensei: "Ai, não! Outro Extermínio!". Eu realmente não gostei de Extermínio... Mas conforme a história se desenrolava, fui percebendo que apesar de serem muuuuuuito parecidos, eu estava gostando de Madrugada dos Mortos.

Bom a história começa com uma enfermeira que vai pra casa depois de um longo dia de trabalho. No hospital há sinais de que existe algo errado, mas nada muito descarado. De madrugada, enquanto Ana (a enfermeira) está dormindo com seu marido, entra no quarto uma garotinha vizinha deles e ataca a mordidas o pobre do marido, que logo em seguida morre para voltar à 'vida' e atacar Ana.

Depois de pegar o carro e fugir de casa, Ana percebe que a cidade está um caos, tomada por zumbis mordedores e pessoas desesperadas. Porém ela acaba batendo o carro e tendo que se virar com suas própria pernas (literalmente). Ela acaba encontrando um grupinho de pessoas e vão todos tentar abrigo no shopping mais próximo.

Apesar da resistência dos seguranças, eles acabam permanecendo no shopping após se livrarem dos zumbis que estava lá dentro. Então, eles resgatam um outro grupo que também estava fugindo dos zumbis e lá ficam a maior parte do filme.

No total são muitos personagens dentro daquele shopping (fora o solitário que mora do outro lado da rua), e nós espectadores passamos a conhecer direito poucos deles. Mas ainda assim as relações que vão se formando entre eles são suficientemente boas para deixarem o filme interessante.

Mas a melhor parte mesmo é quando todos brincam de tiro ao alvo com o 'vizinho', usando as cabeças dos zumbis que se aglomeraram em volta do shopping como alvo.

Também queria chamar a atenção para os créditos finais. São muito bons, mesmo! As imagens amadoras e rápidas que vão passando ao longo dos créditos servem para dar uma dica do que acontece com todo aquele povo depois que o filme termina.

Cenas rápidas aparecem ao longo de todo o filme, porém de uma forma inteligente e que não irrita, ou seja, se eu usasse chapéu, eu o tirava para quem fez a edição! A trilha sonora também é muito boa e se encaixa direitinho nas cenas certas.

Madrugada dos Mortos é realmente muito divertido, não é o ó do borogodó, mas é divertido sim. Não sei se o classificaria como terror, mas ação com certeza ele tem!

Amigo Oculto (Hide and Seek)

De noite, a pequena Dakota Fanning está sentada em uma estrutura de madeira enquanto Robert De Niro apoia uma mão em seu ombro e a ilumina com uma lanterna.





2005
Suspense
Direção: John Polson
Roteiro: Ari Schlossberg





Não sei se tenho muito o que dizer a respeito desse filme, mas vamos lá...

Vou começar salientando o fato de que estava cada vez mais decepcionada com o Robert De Niro... Ele só estava fazendo o mesmo papel filme após filme! Homem com cara de mau, mas que no fundo é bonzinho, bonzinho. Aí ele fez aquele filme do clone. O Enviado. (SPOILER!!!) Homem com cara de bonzinho, mas que no fundo é mau, mau. Mudou um pouquinho, mas no fundo estava igual, igual! Ah... Mas nesse filme eu me deleitei com o homem na tela. Isso que é ator! Isso que é Robert De Niro! Ele deu um show, voltou a merecer o título de bom ator que tem.

Mas não foi só ele, não. Tem também aquela menina LINDA DE MORRER: Dakota Fanning. Se você acha que ela arrasou em Uma Lição de Amor, você não viu nada! Do lado do Robert De Niro ela não faz feio, na verdade está à altura dele. Durante o filme todo ela varia em expressões que a levam da menininha do papai, à mulher du mau.

Na verdade esses dois elementos são o que há de melhor no filme, fazendo dele um filme bom simplesmente por tê-los no elenco! O resto é resto. Tá bom, eu achei o filme bom, mas existem umas mancadas que me deixaram de pá virada!

Vamos ao filme então.

Amigo Oculto conta a história de David (Robert De Niro) e sua filha Emily (Dakota Fanning) que desejam recomeçar a vida em uma cidadezinha do interior após o suicídio da esposa. Visivelmente a menina fica abaladíssima com a morte da mãe e passa a ter uma mudança radical de comportamento. Era uma menininha meiguinha e brincalhona e passou a ser triste e sinistra (e bota sinistra aí, hein!). A coisa piora quando Emily arranja um amigo imaginário (e não oculto!) e passa a ficar cada vez mais sinistra.

Não há muita coisa além disso. Existem outros personagens que vão aparecendo durante o filme, mas basicamente a história se desenrola em torno da relação pai-filha-amigo invisível. A menina parece culpar o pai (que esqueci de dizer, é um psicólogo) pela morte da mãe. E, junto com o amiguinho, resolve resumir a sua vida em pegar-no-pé-do-pai!

O que me deixa triste é que o filme quer porque quer ter um final surpreendente e pra isso usa táticas lamentáveis. Começa um joguinho de despista aqui, despista ali, quem será, e blábláblá. E ele consegue. Eu não imaginava as coisas que estavam por vir ao longo do filme, mas se não tivessem tentado tanto desviar a minha atenção do tal final surpreendente, tenho certeza que ia me surpreender do mesmo jeito!

O Grito (Ju-on / The Grudge)

Essa crítica eu já tinha publicado no meu outro blog, mas resolvi passar pra cá (onde faz mais sentido). Aproveitei pra dar uma arrumadinha em alguma coisinha... :)


Kayako aparece com sua pele azul e olhos arregalados, sob as cobertas onde uma moça tenta se esconder dela.
Cena de Ju-On: The Grudge.



O Grito (Ju-on)

2002-Japão-
Direção: Takashi Shimizu
Roteiro: Takashi Shimizu


Lançado internacionalmente como Ju-on: The Grudge (e esse é o nome que eu costumo usar para não confundi-lo com outros Ju-on que existem), o filme começa mostrando uma mulher e seu filho sendo vítimas de um assassinato cruelíssimo: o marido descobriu que ela estava apaixonada por outro homem e não só matou ela, como seu filho também (e aparentemente, o gato também!).

Após isso, caiu uma maldição sobre a casa onde eles morreram, que passou a ser assombrada pelos fantasmas dos três: mulher, filho, e gato! Quem tivesse contato com essa maldição também seria amaldiçoado e morreria. E aparentemente todos que morrem por causa da maldição também voltariam para atormentar quem ainda não tinha morrido.

A linguagem usada no filme é fantástica. O filme vai sendo contado como se fossem várias histórias, todas elas iniciando com uma tela preta apenas com um nome, então percebemos que esse nome é o do personagem 'principal' da próxima história. Depois de um tempo também percebemos que as histórias estão todas ligadas à essa mesma casa.

Na verdade não existe um personagem realmente principal no filme, a não ser a própria casa. A grande quantidade de personagens faz com que a importância de cada um seja reduzida em relação à importância do todo.

Porém, esse aparente excesso de personagens serve para mostrar a falta de padrão pela qual a maldição atua. Cada pessoa tem seu tempo e seu modo específico de morrer: uns são sugados por uma cama (e adeus à sensação segurança que ela sempre me proporcionou), enquanto outros morrem de susto. Mas ainda assim Kayako e Toshio (os fantasmas) estão sempre presentes em cada uma das mortes. O gato aparece bastante também.

Agora, uma coisa você pode ter certeza. Que esse filme dá medo, isso dá! Olha que tem uma amiga minha que depois de meses ainda acha que a Kayako vai vir buscá-la no meio da noite! Isso sem falar naquele barulho do demo que aquela mulher faz! Eu ainda não consigo assistir esse filme se tampar os ouvidos quando ela aparece.
Bom, eu só espero que você entenda o filme de primeira, o que é privilégio de poucos (ou de nenhuns?). Eu precisei assistir umas três vezes pra que ele fizesse algum sentido para mim. Não vou nem entrar na questão do final, porque isso ainda não sei se entendi...


Atualmente foi lançada uma refilmagem americana (pra variar):



O Grito (The Grudge)

2004
Direção: Takashi Shimizu
Produção: Sam Raimi


Esperava bem menos desse filme, ele me surpreendeu bastante. A minha-amiga-que-ainda-tem-medo-da-Kayako foi comigo e quase quebrou meus dedos no final do filme. Uma outra usou uma tática infalível: prestar atenção em outras coisas. Depois de uma cena aterrorizante, a dita cuja vira pra mim e diz "Você viu que tinha um bonsai ali???"!!!!!

O filme muda várias coisas do original, mas a história principal continua a mesma, porém com muito menos personagens, consequentemente com menos mortes! Afinal, no original TODO MUNDO morre!!!! Isso fez com que o povo todo achasse que o padrão de morte da maldição era morrer de susto e logo vieram as perguntas: "Por que a fulana não morreu igual aos outros???". Caramba, não tem padrão!!!!! Tudo bem, esse tipo de confusão não é culpa de quem assiste e sim de quem faz.

Além disso, existem mais cenas de 'susto', assim como a introdução de uma personagem inútil, que só faz perder a mandíbula, para dar MAIS UM tom 'aterrorizante'... (Esse negócio da mandíbula é ridículo d+!!!!)

E indo contra a linha de O Chamado, a refilmagem tb se passa no Japão, proporcionando fantasminhas assustadores com seus olhinhos orientais! (Até que enfim os americanos perceberam que olho puxadinho dá um medo do cão!)

Mas apesar de os atores que fazem a Kayako e o Toshio serem os mesmos, como o filme não se preocupa tanto com o terror psicológico e sim com os sustinhos mesmo, depois que você sai do cinema nem lembra mais quem eram eles... (Ao contrário do original. Preciso repetir a história da minha amiga???? Outro dia ela estava com o colchão na sala porque estava achando que a Kayako ia aparecer no quarto dela!!!)


Gostaria de pedir desculpas pelas referências feitas à amiga-da-Kayako. Precisava usar histórias reais para provar alguns pontos de vista... Mas note que o nome da pessoa em questão não foi mencionado, mantendo, assim, sua integridade moral perante à população mundial. (Afinal, loguinho eu já tô famosa, escrevendo bem assim!)

11.3.05

Apresentação

Ai que medo! Gente, essa é uma experiência nova para mim... Então, por favor, tenham paciência? Eu gostaria de pedir uma coisa, principalmente para duas de vocês (é, vocês duas mesmo!) : eu realmente não gostaria de ser injusta aqui, mas se em algum momento eu simplesmente disser que algo é ruim ou bom (sem dar maiores explicações), me dêem um puxão de orelha, tá!?!

Acho por ora é só.

beijos

(espero que goste e volte sempre!)