2008
Drama
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: J. Michael Straczynski
Assisti A Troca sem saber que era de Clint Eastwood. Aí, nos créditos finais seu nome apareceu na tela e eu pensei: "Bem, é a cara dele mesmo...".
Ao voltar de um longo dia de trabalho, Christine Collins (Angelina Jolie), mãe solteira, não encontra seu filho Walter (Gattlin Griffith) em casa. Após meses de busca, a polícia de Los Angeles entra em contato dizendo que Walter foi encontrado. Porém, o garoto que o capitão J. J. Jones (Jeffrey Donovan) trouxe até Christine não é seu filho. Após várias tentativas frustradas de explicar o caso ao policial, a mulher se vê obrigada a enfrentar a polícia para conseguir provar que seu filho ainda não foi encontrado e que um pequeno impostor foi-lhe entregue em seu lugar. Para isso ela conta com a importante ajuda do Reverendo Gustav Briegleb (John Malkovich), o qual vê em Christine a chance de desmascarar o poder corrupto que toma conta da cidade.
Nunca sei o que escrever sobre um filme desses. Acho que é a minha falta de repertório, porque drama nunca foi muito a minha praia... Ainda assim, existem coisas que ficam evidentes e existe também a minha opinião geral sobre o resultado do filme.
A qualidade mais marcante de A Troca é a sua belíssima ambientação. A cenografia e o figurino estão absolutamente divinos e de encher os olhos. A coloração do filme, puxada para os tons pastéis e terrosos só ressaltou ainda mais essa beleza e nos fez entrar de cabeça na época em que se passa a história.
Outro fato que salta aos olhos é que o filme é praticamente dividido em duas partes. A partir do momento em que se começam investigações de um certo crime, a história adquire um novo rítmo. Mas apesar de essa quebra existir, não a acho suficiente para compremeter por completo a unidade do roteiro.
Mas a característica que mais falada sobre A Troca foi a atuação de Angelina Jolie. Particularmente, eu acredito que houve um furor sem fundamento a respeito da interpretação da atriz. Jolie fez um trabalho bom, porém que beira o insuficiente. Ela se perdeu na complexidade da personagem, sem conseguir achar o tom da mãe desesperada combinada à mulher forte. No início do filme ela parece temer demonstrar qualquer fraquesa da personagem, de modo a não comprometer a imagem de força que ela precisaria passar no restante do filme - como se chorar e desesperar-se pela perda de um filho fosse alguma fraquesa. Não que eu esteja esperando que a personagem reagisse como eu o faria diante do desaparecimento do meu filho, mas as expressões me pareceram quase dúbios, como se a Angelina Jolie não soubesse exatamente qual era o sentimento que ela queria expressar.
Com isso, A Troca se mantém mais ou menos como a atuação de Jolie: quase chega lá, mas se perde um pouco. Talvez seja a duração, não exagerada, mas acima da média; talvez seja o rítmo algumas vezes lento, que por si só não seria um defeito; talvez seja a existência de algumas soluções que beiram o crível. Provavelmente é a somatória disso tudo. No entanto, o filme é bastante bom e vale a pena, se visto sem muitas espectativas.
Ao voltar de um longo dia de trabalho, Christine Collins (Angelina Jolie), mãe solteira, não encontra seu filho Walter (Gattlin Griffith) em casa. Após meses de busca, a polícia de Los Angeles entra em contato dizendo que Walter foi encontrado. Porém, o garoto que o capitão J. J. Jones (Jeffrey Donovan) trouxe até Christine não é seu filho. Após várias tentativas frustradas de explicar o caso ao policial, a mulher se vê obrigada a enfrentar a polícia para conseguir provar que seu filho ainda não foi encontrado e que um pequeno impostor foi-lhe entregue em seu lugar. Para isso ela conta com a importante ajuda do Reverendo Gustav Briegleb (John Malkovich), o qual vê em Christine a chance de desmascarar o poder corrupto que toma conta da cidade.
Nunca sei o que escrever sobre um filme desses. Acho que é a minha falta de repertório, porque drama nunca foi muito a minha praia... Ainda assim, existem coisas que ficam evidentes e existe também a minha opinião geral sobre o resultado do filme.
A qualidade mais marcante de A Troca é a sua belíssima ambientação. A cenografia e o figurino estão absolutamente divinos e de encher os olhos. A coloração do filme, puxada para os tons pastéis e terrosos só ressaltou ainda mais essa beleza e nos fez entrar de cabeça na época em que se passa a história.
Outro fato que salta aos olhos é que o filme é praticamente dividido em duas partes. A partir do momento em que se começam investigações de um certo crime, a história adquire um novo rítmo. Mas apesar de essa quebra existir, não a acho suficiente para compremeter por completo a unidade do roteiro.
Mas a característica que mais falada sobre A Troca foi a atuação de Angelina Jolie. Particularmente, eu acredito que houve um furor sem fundamento a respeito da interpretação da atriz. Jolie fez um trabalho bom, porém que beira o insuficiente. Ela se perdeu na complexidade da personagem, sem conseguir achar o tom da mãe desesperada combinada à mulher forte. No início do filme ela parece temer demonstrar qualquer fraquesa da personagem, de modo a não comprometer a imagem de força que ela precisaria passar no restante do filme - como se chorar e desesperar-se pela perda de um filho fosse alguma fraquesa. Não que eu esteja esperando que a personagem reagisse como eu o faria diante do desaparecimento do meu filho, mas as expressões me pareceram quase dúbios, como se a Angelina Jolie não soubesse exatamente qual era o sentimento que ela queria expressar.
Com isso, A Troca se mantém mais ou menos como a atuação de Jolie: quase chega lá, mas se perde um pouco. Talvez seja a duração, não exagerada, mas acima da média; talvez seja o rítmo algumas vezes lento, que por si só não seria um defeito; talvez seja a existência de algumas soluções que beiram o crível. Provavelmente é a somatória disso tudo. No entanto, o filme é bastante bom e vale a pena, se visto sem muitas espectativas.