21.11.10

Paranormal Activity 2 (Atividade Paranormal 2)




2010
Terror, Suspense
Direção: Tod Williams
Roteiro:
Michael R. Perry, Christopher B. Landon e Tom Pabst





Com algumas diferenças, o que vemos em Atividade Paranormal 2 é o já visto no primeiro. Entre melhorias e 'piorias', vale como explicação para a história e como uma revisitação às sensações que se tem ao assistir Atividade Paranormal.

Kristi (Sprague Grayden), seu marido Daniel (Brian Boland) e sua enteada Ali (Molly Ephraim) estão muito felizes com a chegada do novo mebro da família, o pequeno Hunter (William Pietro / Jackson Prieto). Quando o garoto já completou seu primeiro ano, um arrombamento na residência da família faz com que Daniel decida intalar um sistema de câmeras de vigilância interno. Porém, com o passar dos dias, Kristi e Ali começam a acreditar que a casa na verdade está sendo assombrada por um demônio.

Apesar da enorme semelhança com seu antecessor, Atividade Paranormal 2 poderia ser muito bom, se não falhasse justamente nos momentos em que tenta corrigir as falhas do outro. Uma das mudanças mais significativas fica a cargo do número de câmeras usadas no filme e a drástica diminuição da câmera em primeira pessoa. Porém, temos com isso uma faca de dois gumes. O recurso serve como uma maneira de diminuir a necessidade daquelas tomadas que não se justificariam num caso real - como ligar a câmera para discutir a relação, ou continuar filmando enquanto sua vida está por um fio.

Entretanto, com isso, nas cenas noturnas temos uma quebra de tensão, pois as imagens mudam rapidamente, mostrando a cada momento um cômodo da casa. Assim, perde-se a melhor coisa do primeiro filme,
que era o crescente medo e apreensão gerados pela imagem estática noturna do quarto do casal, em que a qualquer momento algo sobrenatural poderia acontecer.

Além disso, a filmagem em primeira pessoa era um ótimo recurso para aproximar o espectador da história, colocando-o quase como um personagem e fazendo-o sentir com mais intensidade os dramas e medos dos protagonistas. Porém, em Atividade Paranormal 2 esse tipo de cena não tinha como se sustentar sem a motivação do obcecado Micah para tal, o que fez com que o uso da filmagem em primeira pessoa fosse radicalmente diminuído. Mata-se assim, de uma tacada, os dois grandes pontos fortes de Atividade Paranormal.

Outra diferença visível fica a cargo do aumento do elenco. Além dos três protagonistas, do garotinho e de uma pequena participação da empregada da família, o filme ainda conta com Katie e Micah, os únicos principais personagens do primeiro filme. Temos também personagens um pouco mais carismáticos, principalmente pela presença do lindo menininho e de uma cachorra bastante simpática, o que ajuda muito a não deixar o filme cansativo enquanto apresenta o dia-a-dia da família.

Ainda assim, como no filme anterior, a ação demora muito a começar. E, com o problema da quebra-de-clima das excessivas mudanças de cômodos nos períodos noturnos, Atividade Paranormal 2 se torna tão maçante quanto o primeiro durante os 40 minutos iniciais.

De qualquer forma, mesmo com as modificações (para o bem ou para o mal), Atividade Paranormal 2 mantém o mesmo clima do anterior, utilizando-se até mesmo de sustos exatamente iguais. E sua maior qualidade é, de longe, a explicação que dá para os acontecimentos do primeiro filme. É um filme interessante para quem gostou do primeiro, mas não se sustenta sozinho.

Um comentário:

Monica Asperti Brandao disse...

Oi Tha,

Não assisti nenhum desses filmes.
Não são da minha preferência.

Mas a crítica está ótima!

Beijão!

M.A.B.